sexta-feira, 31 de julho de 2009

O que você vai ser quando crescer?

Quando um funcionário comete um erro, muitas vezes ele acha que o erro não tem consequências, mas para o patrão, as consequências podem ser muitas e vão desde a perda do material que foi feito errado, até a perda de tempo (e nesse caso tempo é dinheiro), de credibilidade e atrasos junto aos clientes.


Quando um filho (normalmente adolescentes) comete um erro ele sempre acha que não tem consequências, mas para os pais, as consequências são muitas e uma delas é preocupação normal de todos os bons pais que conheço.


Quando seu superior hierárquico ou outra pessoa chama sua atenção na frente de todos, ele com certeza imagina que isso não tem consequências.


Para que comecei este texto assim? Para dizer que Renato Russo, sutilmente, nos diz uma coisa em uma de suas músicas que a mais pura verdade. Ele termina a música “Pais e Filhos” usando as seguintes frases:


“Você me diz que seus pais não lhe entendem, mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você, o que você vai ser quando você crescer?”


Depois que temos filhos é que entendemos algumas atitudes de nossos pais, depois que temos uma empresa, entendemos as atitudes de nossos patrões e assim por diante...


Nós culpamos nossos pais, mas, como insinua a música, um dia seremos pais também e só então entenderemos as atitudes deles (e posso afirmar que na maioria das vezes eles estavam certos).


Infelizmente, nós, seres humanos, precisamos passar pelas situações para compreendê-las e só quando a sentimos na pele é que damos a ela o devido valor. Oxalá todas as pessoas do mundo conseguissem, ainda que por um momento, colocar-se no lugar das outras.


Se essa utopia fosse possível, o mundo teria menos brigas e mais pedidos de desculpas (ou pelo menos pedidos mais sinceros), teríamos menos intolerância e mais compreensão, daríamos mais valor as pessoas e principalmente mais valor aos atos delas.


Por outro lado, tenho a impressão (e só a impressão) de que, como o mundo é redondo e gira, um dia estamos por cima, outro por baixo e acredito que o bem ou mal que fazemos ao outro hoje nos é devolvido quando estamos na parte oposta (ainda que muitas vezes não tenhamos desenvolvido a sensibilidade para perceber isto).


Mas fica aqui a pergunta: Quantas vezes você presenciou alguém dizer, fazer ou mesmo recriminar algo e depois ter que aceitar aquilo como sendo uma coisa normal (as vezes inconscientemente) simplesmente pelo fato de fazer também? Como canta Oswaldo Montenegro em sua música “A Lista”: “Quantas canções que você não cantava/hoje assobia pra sobreviver”


E você? Já tentou se colocar no lugar de alguém hoje?


Isso é fácil, simplesmente pense: - Como me sentiria se ele(a) fizesse isso comigo?

Será que aquilo que fazemos é exatamente aquilo que gostaríamos que fizessem com a gente

2 comentários:

  1. Com certeza isso acotnece diariamente e repetidamente.

    Mas muitas vezes isso é tarde demais para um reparo.

    Você fica pensando: "Qual seria minha reação se alguem achasse minha carteira, pegasse o dinheiro (que precisava tanto) e devolvesse só com os ducmentos ?".

    Por isso que eu tento sempre ser justo e pensando que eu não faria nada do que não gostaria que fizessem comigo.

    Tipo uma partida de futebol no society e alguem grita lá fora: "Saiuuuu acabaaaaa !"
    Aí um indivíduo que está com a esférica no pé, dá um bico para lateral, sabe ???
    hehehehe ...

    Abs !

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  2. Ahahahaha, mas só quando o indivíduo em questão está ganhando o jogo...

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