sábado, 8 de agosto de 2009

Reclamar adianta?!

As pessoas, em geral, se especializam em reclamar.

Quando somos crianças, mesmo antes de aprender a falar, aprendemos a reclamar. Tirem a chupeta de um bebê ou deixe-o com fome e escutará sua reclamação em forma de choro, que é o único artifício de que elas dispõem para pedir alguma coisa (elas têm um desconto, pois não conseguem o que querem sozinhos).

Depois que crescemos mais um pouco com 5 ou 6 anos reclamamos da hora de dormir, da hora do banho, da comida, da escola e até das férias — meu filho tem saudade dos amiguinhos, das amiguinhas, do parque e da professora.

Na fase adolescente reclamamos mais um pouco – está fase não necessita comentários.

Mas na fase adulta a coisa piora, ficamos pós-doutores em reclamação, reclamamos do trabalho, dos colegas, do salário, da esposa, do marido, dos filhos, da mãe, do pai, do carro, das contas, do computador, do trânsito, enfim se eu continuar com a lista você, que está lendo, já vai reclamar que ela está muito grande.

Será que alguém já se perguntou:

Reclamar adianta?

Vejamos isso logicamente: quando bebês, nós reclamamos com choro e isso funciona, pois, na maioria das vezes somos atendidos (quando estamos com sono, com fome, com dor ou com qualquer outra coisa), mas funciona por não conseguimos fazer as coisas sozinhos.

Depois de adultos, isso já não funciona tão bem, muito pelo contrário, existem pessoas que reclamam tanto da vida (da sua própria e da dos outros) que se tornam insuportáveis, são pessoas normalmente depressivas e que aonde chegam, trazem tristeza, te colocam pra baixo e normalmente causam um mal estar enorme nas pessoas próximas.

Quem nunca disse quando alguém se aproxima: — Xiii, lá vem o fulano reclamar de alguma coisa.

Se reclamar adiantasse, eu reclamaria todos os dias que nunca ganhei na mega-sena…

Imagine que você é um daqueles que reclama do salário, por exemplo: se você reclama do seu salário é por que acha ele pouco, se acha que ele é pouco é por que se acha competente e se é competente pode conseguir outro emprego que pague um pouco mais, se pode conseguir outro emprego simplesmente peça demissão, ou se é daqueles sentem dor em tudo. Reclamam de dor de cabeça, dor nas costas, dor de tudo, mas não procuram quem pode (ou deveria) solucionar o problema e atende pelo nome de médico…

Quando achamos que algo está errado temos três opções:

Tentamos solucionar o erro, resolvendo o problema;

Nos conformamos com ele e deixamos pra lá, o famoso “— Tudo bem”; ou

Reclamamos.

É óbvio que após anos de reclamações diárias (ou para alguns: Reclamações Por Minuto) seria impossível pedir que simplesmente parassem de reclamar do dia pra noite. Mas, existe cura e podemos melhorar. Começa assim, cada vez que pensarmos em reclamar de alguma coisa, nós simplesmente poderíamos tentar uma forma de resolver (ou esquecer) o problema antes de reclamar dele.

Reclamar, não resolve e também não nos deixa mais conformados. Pare de reclamar e aja...

Eu sei que vocês, que leram até aqui vão sentir uma imensa vontade de reclamar deste final, mas eu não consegui pensar num final melhor, portanto peço que não reclamem deste, lembrem-se que não reclamar do meu final já é um bom começo para deixar de ser um “reclamão compulsivo” abolindo de vez este mal totalmente desnecessário em nossas vidas e que aprendemos e aprimoramos desde bebês…

“Se todos nós queremos um mundo melhor e todos juntos somos o mundo, por que cada um não tenta melhorar a si mesmo, e com todas as nossas “versões melhoradas”, podemos alcançar aquilo que queremos — um mundo melhor?”

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